Lendas e mitos
Segundo a lenda, o Saci-Pererê é um menininho negro de uma perna só, que anda sempre com um gorro vermelho na cabeça e cachimbo no canto da boca.
Realiza muitas travessuras e confusões. Pode ser capturado com uma peneira em moinhos de vento, tornando-se obediente se tiver o gorro retirado da sua cabeça e colocado numa garrafa.
É um menino de cabeleira cor de fogo e pés virados para trás. É considerado o protetor das árvores, das matas e dos animais.
Devido aos pés invertidos, ele deixa rastros ao contrário por onde passa, conseguindo confundir os caçadores e destruídores da natureza, fazendo com que se percam na floresta.
Também assobia emitindo sons que parecem vir de outro lugar, desorientado mais os caçadores.
Uma mulher seduz e se relaciona com um padre e é amaldiçoada por isso.
Ela passa então a transformar-se em uma mula-sem-cabeça, soltando labaredas de fogo pelas narinas, em todas as noites de quinta para sexta-feira.
Para quebrar a maldição e a mula voltar a forma humana, é necessário que alguém tenha coragem de montá-la a pelo e retirar-lhe o freio.
É uma criatura na figura de uma mulher-jacaré que assusta e rouba crianças que recusam-se a dormir.
Em outras palavras, é a forma feminina do bicho-papão.
Durante o dia, o boto, animal presente nos rios da região Amazônica, transforma-se na figura de um homem.
É quando deixa as águas dos rios e passa a seduzir mulheres solteiras que encontra nas festas locais das quais participa.
Normalmente, usa um chapéu para disfarçar os orifícos na cabeça, característica do boto.
E retorna pela madrugada para os rios, retomando a forma do animal.
Um menino escravo perde um cavalo de um fazendeiro enquanto pastoreava.
Como castigo, ele apanha do fazendeiro e precisa sair a procura do cavalo. Como não consegue trazer o animal de volta, é amarrado ao tronco, surrado pelo fazendeiro e devorado vivo por formigas.
Contudo, o fazendeiro encontra-o vivo ao lado da Virgem Maria. Assustado, pede desculpas ao escravo, mas ele foge montado em um cavalo, levando consigo todos os outros cavalos do fazendeiro.
Diz a lenda, que ele encontra objetos perdidos quando rezam para ele.
O Boitatá é uma gigante cobra de fogo, com os olhos bem grandes e brilhantes. Pode ser encontrada na beirada dos rios e nos campos.
É tida como a protetora das queimadas nas matas.
Segundo a lenda, quem olhar para ela pode ficar cego, louco ou morrer. Para evitar que isso aconteça, não se deve olhar para o Boitatá no caso de encontrá-la.
Ela também tem o poder de se transformar em brasa, para assim queimar pessoas que colocam fogo nas matas.
Um homem transforma-se em um monstro, misto de homem e lobo, que uiva e assusta animais e pessoas por onde passa.
Estas transformações ocorrem em noites de lua cheia em locais de encruzilhadas.
Nesta noites, o lobisomem deve passar por sete locais da região onde se encontra e as pessoas estarão protegidas contra ele se rezarem três Ave-Marias.
Ele retoma a forma humana ao voltar, antes do amanhecer, à encruzilhada de onde partiu.